Como pouco e não emagreço. Essa é uma das frases que mais escuto entre minhas amigas que lutam contra a balança.

Principalmente, para as mulheres depois dos 40, quando o metabolismo começa a cair gradualmente.

Na verdade, em alguns momentos, até eu mesma passo por essa situação. Mas, porque será que apesar de ingerir pouca quantidade de alimentos não é suficiente para emagrecer?

Porque você pode estar ingerindo alimentos inadequados ou de forma errada.

Para ajudar nessa luta constante do controle de peso em uma época na qual existe uma oferta absurda de comida boa, gostosa e “engordativa”, trouxe essa pauta para vocês.

Como pouco e não emagreço. O que há de errado na minha dieta?

“Uma das queixas mais comuns recebidas nos consultórios médicos está relacionada a dificuldade que algumas pessoas têm em emagrecer mesmo comendo em pequenas quantidades. Para alguns, é um mistério continuar com o mesmo peso ou, até mesmo, ganhar uns quilos a mais durante a dieta. Mas você sabia que nem sempre a perda de peso está totalmente relacionada com a quantidade de alimentos ingeridos?

É fato que manter hábitos ruins de alimentação prejudica diversos aspectos na saúde. De acordo com o nutrólogo, Bruno Sander, especialista em cirurgia endoscópica e gastroenterologia, mesmo pessoas magras podem desenvolver doenças como diabetes, hipertensão, entre outros transtornos. “O problema é que a obesidade pode aumentar consideravelmente as chances de desenvolvimento dessas doenças, além de prejudicar o organismo de outras formas”.

O significado de comer pouco pode estar errado.

“Muitas vezes perguntamos ao paciente: ‘para você o que significa comer pouco?’. É muito comum descobrirmos que o indivíduo come pouco, porém come mal. Alguns acham que consumir muitas calorias de uma vez e ficar longos períodos sem comer será suficiente para emagrecer. Em outros casos, também é comum percebemos que o paciente tirou diversos nutrientes importantes da rotina”, comentou o especialista.

Mas, o que cada pessoa deve ter em mente é que todos possuem um organismo e necessidades específicas no corpo. “Infelizmente, muitas dietas caseiras não levam isso em consideração. Além disso, o consumo de poucos nutrientes pode deixar o metabolismo mais lento e impedi-lo de queimar a gordura necessária”, destacou Sander. A genética também influencia: “Algumas pessoas naturalmente possuem tendência a engordarem e isso não é um problema, desde que sejam mantido hábitos saudáveis”.

Ansiedade e estresse pode gerar ganho de peso

Antigamente, existia uma crença errônea de que pessoas consideradas estressadas ou muito ansiosas poderiam perder peso facilmente. O especialista acrescenta que essa questão é um mito. “Muitas vezes, tais problemas, na realidade, influenciam no consumo de alimentos ruins para a saúde. Dessa forma, pessoas que sofrem com esses transtornos podem ter uma tendência a perder peso com mais dificuldade”, destacou.

O que fazer?

O médico indica que o ideal é sempre procurar um profissional capacitado para avaliar o paciente como um todo. Tudo deve ser levado em consideração ao realizar um tratamento ou dieta de emagrecimento. O organismo, a rotina, os hábitos de exercícios físicos e tudo que possa influenciar no sucesso do processo de emagrecimento. “Portanto, nada de tirar alimentos da rotina sem auxilio profissional ou conhecimento sobre seu corpo. Procure sempre um especialista!”, afirmou Bruno Sander, médico cirurgião endoscopista, especialista em gastroenterologia e nutrologia, diretor clínico do Hospital Dia Sander Medical Center, em Belo Horizonte.”

Fotos: reprodução.