Olá Queridas!
Envelhecer se tornou proibido no século XXI. As pessoas são capazes de fazer qualquer coisa para retardar ou mascarar o aparecimento de rugas, manchas e flacidez. E nesta procura desenfreada pela fonte da eterna juventude temos visto grandes exageros da cirurgia plástica.
O ser humano sempre se preocupou com o belo desde os primórdios, quando os homens das cavernas começaram a perceber seu entorno e a diferenciar animais e frutos mais atraentes que outros. Desde então, a busca pela beleza muitas vezes levou o ser humano a correr riscos com o uso de produtos tóxicos e nocivos à saúde.
Após a emancipação da mulher e sua inserção irreversível no mercado de trabalho, a exigência pela boa aparência e perfeição se tornou uma corrida desenfreada, estimulada pela mídia em geral.
Para saciar este desejo de atender às expectativas da sociedade, a cirurgia plástica se tornou um mercado extremamente rentável.
Neste mercado insaciável, médicos sérios atendem clientes nunca satisfeitos e médicos inescrupulosos ou inexperientes mutilam corpos e criam novos padrões de beleza. A beleza construída fora das medidas do belo e do estético, que o gênio Leonardo da Vinci levou anos para descobrir.
A beleza contemporânea, construída pelos exageros da cirurgia plástica, é irmã gêmea da bizarrice de corpos dismórficos, peles plastificadas, faces sem expressão, sorrisos permanentes (aqui), olhos arregalados e bocas desbeiçadas.
Homens e mulheres estão sendo influenciados por tal beleza construída e o pior, jovens e até adolescentes já estão à procura de cirurgias em busca de uma perfeição que não existe.
Durante a primeira década do século XXI mais de meio milhão de pessoas se submeteram anualmente a algum tipo de operação plástica no Brasil.Mais da metade dessas intervenções foi de caráter estético. (fonte aqui)
Não sou contra a cirurgia plástica, pelo contrário, já fiz duas. A questão a ser refletida é a busca inconsciente de algo que não existe: um padrão de beleza que só está presente nas páginas de revista de moda, com o uso de manipulação de imagem; e a irresponsabilidade de médicos que sucumbem aos desejos dos pacientes, pensando apenas no lucro e cometendo exageros e deformidades, criando novos seres em corpos e rostos humanos.
Fotos: Reprodução (clique aqui para ver mais sobre o assunto)