Cuidar da pele durante o climatério é fundamental, pois essa fase da vida de toda mulher traz transformações significativas no corpo e seu funcionamento.
Eu tenho passado por isso nos últimos anos e sofrido com os sintomas do climatério, principalmente com o pior de todos eles: o famoso fogacho. Isso porque esse sintoma potencializa todos os outros. Eu comecei com os sintomas do climatério em 2016 de cíclica. Eles vinham e depois passavam, continuando a menstruação. Em março de 2021 os sintomas ficaram mais intensos afetando profundamente minha qualidade de vida. Pelos exames pude perceber que passei pela menopausa nessa época. Não tem como afirmar com exatidão, pois tirei o útero em 2019.
Outro sintoma que me afetou bastante no período da menopausa foi a acne da mulher adulta. Por isso, trouxe essa pauta importante para vocês. Confiram.
Vamos entender o que é climatério e o que é menopausa
“A menopausa acontece por volta dos 50 anos e corresponde ao último ciclo menstrual. Essa fase na vida da mulher traz diversas mudanças no corpo, e também afeta a pele, com a redução na produção de estrogênio e progesterona pelos ovários. Na pele, os principais sintomas da pós menopausa são a diminuição na produção do colágeno e de água. Isso ocasiona o ressecamento, provocando sensibilidade e a perda das fibras elásticas, causando um afinamento e deficiência na cicatrização de feridas na superfície da pele. Segundo a Plenapausa, a primeira femtech no Brasil que traz informação, solução e acolhimento para mulheres em menopausa, cerca de 76% das mulheres nesta fase notaram ressecamento da pele em nível moderado a intenso.*
Além de ressecamento, outras alterações acontecem com a pele no climatério
“Uma das principais alterações hormonais que acontece com a mulher nesse período é a diminuição na produção de estrogênio no organismo, ocasionando a redução significativa do colágeno na pele, que pode chegar a um ritmo de aproximadamente 2% ao ano. Por conta desse desequilíbrio hormonal, o rosto tende a ficar mais oleoso e sujeito a acnes, além de ser a causa do crescimento excessivo de pelos sob o queixo e nas laterais da face. No entanto, a velocidade desse processo dependerá de outros fatores, como a exposição aos raios solares e a poluição, a má alimentação, o metabolismo e até a fatores genéticos”, explica a especialista na área de dermatologia e medicina estética, Mariana Veloso.
Cuidar de si e da autoestima é fundamental na pós menopausa
Durante a menopausa, a mulher tende a se desconectar de si, a se sentir menos bonita e deixar o autocuidado de lado. De acordo com as avaliações da Plenapausa, 38% das mulheres se sentem depressivas, ansiosas e ocupadas para fazer qualquer atividade.* A psicanalista e fundadora da femtech, Márcia Cunha, pontua que, culturalmente, as mulheres estão habituadas a cuidar mais dos outros do que de si. Isso é um erro, especialmente nesta fase, onde o corpo e a mente passam por diversas mudanças. “É necessário, sobretudo se (re)conhecer, entender quais são as mudanças que o seu corpo e mente estão sofrendo, para se cuidar da melhor maneira, por dentro e por fora”, afirma.
Uma boa opção para se reencontrar e promover o bem-estar, se manter saudável, e consequentemente elevar a autoestima são os cuidados com a pele. “O skincare é um momento para se conectar consigo mesma em um nível mais profundo. Nesta fase da menopausa, em que a mulher passa por diversas mudanças, físicas e psicológicas, é importante para ela se olhar, se reconhecer nesta nova fase e admirar as mudanças que a maturidade traz, além de promover um envelhecimento de forma saudável e com uma pele bonita”, completa Dra. Mariana.
4 dicas para cuidar da pele no climatério
1 – Mantenha a pele protegida: a exposição solar é um dos hábitos diários que podem acelerar a perda de colágeno durante a menopausa, causando flacidez, rugas e estimulando a formação de manchas. Por isso, a utilização diária do protetor solar com fator de proteção superior a 30 é essencial. Pois, além de proteger as fibras de colágeno e manter o resultado dos tratamentos rejuvenescedores, o produto também ajuda na proteção do melasma, na prevenção do câncer de pele e a amenizar a hiperpigmentação comum após os 40 anos.
2- Hidrate sua pele: a perda de elasticidade e o ressecamento estão entre os principais efeitos da menopausa na pele. Por este motivo, a hidratação na rotina de skincare auxilia na recomposição do manto hidrolipídico que protege a pele de agressões externas. O recomendado é sempre investir em produtos à base de ativos altamente hidratantes, como o ácido hialurônico que possui vitamina B5 e manteiga de karité, e fórmulas em sérum, além das combinações com silício, tretinoína e derivados, AHS (glicólicos e combinações) e a vitamina C.
Tratamentos estéticos podem gerar resultado
3- Aposte em tratamentos específicos: o skinbooster é uma técnica de hidratação profunda realizada através de pequenas injeções à base de ácido hialurônico na pele, que estimula a produção de colágeno – proteína que a mantém a pele firme e viçosa. O tratamento também auxilia no alívio de olheiras, rejuvenescimento do rosto, colo e mãos, devolve o brilho da região aplicada, suaviza as cicatrizes de acne e rugas, e melhora o contorno facial, não agredindo as camadas da derme. Para melhores resultados a técnica também pode ser associada a outros tratamentos, como a toxina botulínica.
4- Escolha os ativos certos: os produtos a base de vitaminas C e E, glicólico e retinóico, ajudam na renovação celular e possuem ação rejuvenescedora, sendo ideais para essa fase da mulher. Além disso, invista em cremes anti-idades que tonificam e devolvem o viço perdido com as alterações hormonais.
“Além de todos os cuidados listados, um estilo de vida saudável também ajuda a diminuir os efeitos da menopausa. Para isso, pratique atividades físicas regularmente, tenha uma alimentação rica em proteínas, fibras e ômega 3, e evite o consumo excessivo de álcool, tabaco e açúcares, que atuam de forma nociva em sua pele”, explica a especialista.
Os tratamentos em clínicas também são alternativas para cuidar da sua pele de uma maneira mais profunda nessa fase, através de radiofrequência, ultrassom microfocado, microagulhamento e bioestimuladores de colágeno. “Vale lembrar que cada pele tem características particulares, por isso, sempre procure um profissional para avaliar suas necessidades e qual procedimento é ideal para você ”, ressalta Mariana Veloso.”
Pauta enviada por Evva Comunicação.
Foto da capa Imagem de karlyukav no Freepik