Olá Queridas!
Hoje vou falar sobre um assunto muito importante e que pode acometer as apaixonadas por cosméticos, principalmente as esmalte-maníacas: a alergia e hipersensibilidade a cosméticos.
Primeiro, é importante se entender o que é cosmético e sua classificação.
Segundo a ANVISA, em sua Resolução RDC nº 79, de 28 de agosto de 2000, publicada no D.O.U. de 31/08/00:
“Cosméticos, Produtos de Higiene e Perfumes, são preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado.
A classificação de cosméticos, produtos de higiene, perfumes e outros de natureza e finalidade idênticas está baseada nos artigos 3° e 26° da Lei 6.360/76 e artigos 3°, 49° e 50°, do Decreto 79094/77.
Os grupos de produtos estão enquadrados em 4 (quatro) categorias e classificados quanto ao grau de risco a que oferecem, dado a sua finalidade de uso, para fins de análise técnica, quanto do seu pedido de registro, a saber:
A – Categorias:
1. Produto de Higiene
2. Cosmético
3. Perfume
4. Produto de Uso Infantil
B – Grau de risco:
Grau 1 – Produtos com risco mínimo
Grau 2 – Produtos com risco potencial
Os critérios para essa classificação foram definidos em função da finalidade de uso do produto, áreas do corpo abrangidas, modo de usar e cuidados a serem observados, quando de sua utilização.”
Para saber qual o grau de risco do cosmético que você utiliza, basta conferir nas tabelas da resolução em referência (clique aqui).
A tecnologia da indústria cosmética está muito avançada no sentido de procurar matérias primas e princípios ativos mais naturais, de modo a causar menos alergias e reações. São os produtos chamados de hipoalergênicos.
As reações adversas causadas pelos cosméticos, geralmente, são leves. Apenas 10% da população é acometida por reações alérgicas como coceira, formação de bolhas (vesículas) ou placas, vermelhidão, ardor ou ressecamento da pele.
Segundo Denise S. Fagundes e Andréia M. Moreira, a “dermatite de contato por irritação é a reação adversa a cosmético mais comum”.
A dermatite de contato pode acometer a área onde se aplicou o produto ou qualquer outra área do corpo, como acontece com a alergia a esmalte, que causa forte coceira na área dos olhos.
Para cessar a reação alérgica, geralmente, é necessário, além da retira completa do produto (lavar com bastante água corrente), o uso de medicação específica prescrita por médico. Portanto, se você perceber que a reação a cosmético está intensa e não para após a retirada do produto, procure um médico imediatamente.
Além da alergia, existe também a hipersensibilidade a cosmético (característica comum de peles sensíveis como a pele oleosa e a seca), que causa ardor, vermelhidão, queimação ou coceira, sem aparecimento de bolhas ou inflamação visível na pele. Essas reações se restringem ao rosto, sendo que o produto pode ser aplicado em outro lugar do corpo sem problemas.
As fragrâncias e os perfumes são os componentes de cosméticos que mais causam alergia e reações, por isso, prefira os produtos livres de perfume.
Outros dois grandes vilões das reações cutâneas são o formaldeído e o tolueno presentes na maioria dos esmaltes.
No caso dos cosméticos decorativos (maquiagens), os que mais causam alergias são delineadores líquidos, lápis de olho, máscaras de cílios e batons. Porém, são poucos os casos de reação.
Dicas para se usar cosméticos corretamente:
– Use produtos próprios para o seu tipo de pele;
– Use produtos de marca renomadas no mercado;
– Procure produtos hipoalergênicos;
– Prefira produtos livres de perfume;
– Acondicione adequadamente seus cosméticos;
– Evite o uso de cosmético coletivo, principalmente máscara de cílios, lápis de olho e de boca, delineador e batom;
– Leia também sobre Prazo de validade de cosméticos.
Fotos: reprodução.