Olá Queridas!
O tema da coluna da mulher madura de hoje é gravidez depois dos 40! Um assunto que gera muita polêmica e dúvidas.
Este post já está rascunhado há meses e eu fiquei na dúvida se publicaria ou não. Mas, outro dia vi uma grande discussão sobre o tema em uma das minhas redes sociais, achei por bem publicá-lo já que as mulheres, cada vez mais, tem deixado a gravidez para mais tarde.
Este não será um post de dicas ou orientação, pois não sou especialista no assunto, para isso procure seu ginecologista/obstetra. Será um post relato onde vou compartilhar com vocês um pouco da minha experiência com uma gestação aos 30 e duas gestações após os 38 anos.
Vários são os motivos que levam as mulheres modernas a engravidar depois dos 40 entre eles, talvez o mais relevante, seja a realização profissional e a ascensão na carreira.
A gravidez após os 35 anos é considerada de risco e após os 40 risco 2, isso devido a maior probabilidade (conforme comprovado por estudos e estatísticas) de se desenvolver diabetes gestacional, trombose ou pressão alta durante a gestação o que pode levar a pré eclâmpsia e nascimento pre maturo, além de outros problemas com o bebê como malformação fetal e outros problemas genéticos.
Comigo, as gestações após 38, aconteceram por puro acaso. Minha primeira gravidez foi aos 31. Correu tranquilamente e o que mais pesou para mim foram os enjoos terríveis que me acompanharam até o 5° mês de gestação. Depois do parto, tive 8 meses de licença maternidade. Na época, morava com minha mãe e ela, ainda jovem e saudável, me deu total apoio moral e físico para cuidar da minha filha.
Passados 8 anos eu o pai da minha primeira filha resolvemos nos casar e logo após o casamento (na lua de mel), decidimos ter mais um filho. Um mês depois estava grávida do meu segundo filho, aos 38 anos. Engordei 20 kg, fiquei muito cansada durante toda a gravidez. Tive muito refluxo, inchaço e queda de pressão, em alguns dias desmaiei mais de uma vez. Mas, tudo correu relativamente bem.
Depois que ele nasceu, ficamos na casa da minha mãe por mais de um ano, aguardando nosso apto ficar pronto. Como da primeira vez, ela me deu muito apoio. Não tive problemas para cuidar do recém-nascido, mas não consegui amamentá-lo como gostaria, como foi com a minha primeira filha. Foram apenas 6 meses.
Durante o parto do meu segundo filho, aos 39 anos, fiz uma laqueadura de trompas. Após um ano e 3 meses da laqueadura e 47 dias após uma cirurgia de sutura dos músculos retos abdominais fiquei grávida da minha caçula.
Durante a gravidez dois sintomas me incomodaram bastante: o calor insuportável (quando digo insuportável, era do tipo de me faltar o ar, ter queda de pressão) e uma taquicardia muito forte. Fiz exame de coração e foi constatado que o problema era apenas da gravidez, alguma coisa ligada à veia cava. Tomei um remédio para o coração durante 8 meses, pois no último mês não se pode continuar com a medicação, caso contrário o bebê nasce com hipoglicemia. Senti muito cansaço durante a gravidez. Mas, como aconteceu na segunda gestação não tive nenhum dos problemas relacionados no início do post. E um detalhe interessante, fiz exercícios físicos normalmente, durante toda a gestação.
Depois do nascimento da Juju, senti o peso dos 40 anos, pois quando ela nasceu eu estava com 41 e o meu filho do meio tinha apenas 2 anos. Praticamente eu tinha 2 bebês em casa. Já havíamos mudado para nosso apartamento e eu tive muita dificuldade de encontrar profissionais para ficar comigo. Foi mais de um ano sem empregada nem babá. Minha mãe já não tinha a mesma disposição de antes e pode me ajudar muito pouco.
O que posso dizer sobre minhas gestações depois dos 40 é que, do ponto de vista da saúde, tudo correu muito bem, pois tenho uma saúde de ferro.
O mais difícil para mim, nestas 2 gestações, pós parto e cuidados com os recém nascidos foram o cansaço físico, a necessidade de estabelecer prioridades e a capacidade de abrir mão de muitas coisas que eu gostava de fazer: da vida social à profissional, pois tive que deixar um dos meus empregos, o que eu mais gostava, para me dedicar aos filhos.
Acho que é muito viável ter filhos depois dos 40, nos dias de hoje, do ponto de vista da saúde da mulher (apesar do risco), mas há de se avaliar nas consequências desta escolha (como qualquer outra). É necessário avaliar seu estilo de vida: seu ciclo social, sua vida profissional, quais as pessoas estarão ao seu lado para apoiá-la nos cuidados do bebê, além do pai.
Se você tiver toda uma estrutura de suporte para te ajudar é até tranquilo, mas se você vai encarar isso sozinha, talvez seja melhor repensar.
Se eu pudesse escolher hoje, teria tido meus filhos antes dos 35 anos.
Fotos: reprodução.
Merecia uma xícara de chá e um tempo para conversa esse post! Eu penso exatamente como você! Preciso compartilhar sua fala!
Vamos combinar um chá ou café, depois do expediente.
Bjos
Olá! é muito comum hoje em dia as mulheres terem os filhos mais tarde. Eu acredito que isso ajuda em passar pela gravidez, parto e todo o processo de educar um filho sim, pois estamos mais maduras. Minha primeira filha nasceu quando eu tinha apenas 19 anos, e o segundo 12 anos depois! Eu senti que com mais idade, eu estava muito mais bem preparada para tudo. Hoje, devido ao fato de ter tido câncer de mama, não planejo mais filhos. Mas seja na idade que for, é maravilhoso mesmo! Bjsss
Olá, eu também concordo que ter filhos com uma certa idade mais madura é muito bom pois estamos mais experientes para poder dar uma educação de qualidade para nossos filhos.