Olá Queridas!

A minissérie da Rede Globo, Amores Roubados, terá seu último capítulo veiculado hoje. Um dos motivos do grande sucesso das cenas fica por conta do ator Cauã Reymond e seu figurino de Don Juan tupiniquim.

Já estou sentindo saudades da minissérie Amores Roubados. Acompanhando cada capítulo deste espetáculo de fotografia, caracterização e enredo, que tem batido recordes de audiência. A trama envolve sedução, traição, vingança, como todo bom folhetim e gira em torno do personagem Leandro Dantas, interpretado por Cauã Reymond, um sommelier formado em São Paulo que volta para sua terra, Sertão (local fictício). Veja a chamada:

Um sertão desconhecido, onde o moderno e o arcaico se contrastam. Um irresistível sedutor que gosta do perigo. Três mulheres apaixonadas pelo mesmo homem. Vem aí a nova minissérie da TV Globo, uma trama eletrizante de mistério, paixão, ciúme, traição e vingança. (fonte)

A minissérie foi baseada no livro “A emparedada da Rua Nova”, de Carneiro Vilela e gravada em locações em Petrolina/PE e Paulo Afonso/BA.

A equipe de caracterização da Rede Globo é de tirar o chapéu!!!! Para Amores Roubados, boa parte das roupas do elenco foi composta por peças compradas em brechós, lojas artesanais e acervos. Os looks também foram customizados pela equipe de caracterização, que tingiu e bordou algumas peças. “Fomos buscar na cor a inspiração, por conta do amor, do roubado e do vinho. Usamos todos os tingimentos que combinassem com vinho, cor do sangue, da morte e do amor”, declarou o figurinista Cao Albuquerque, que fez o seu trabalho em parceria com Natalia Duran. (fonte)

Chega de tanto blá, blá e vamos ao que interessa, o figurino de Leandro Dantas. Como todo bom cafajeste, Leandro usa jeans e botas sujas, camisas em tecidos nobres, estampadas, justinhas no corpo com gola pontuda, bem no estilo setentista, mostrando o lado aventureiro, despojado e ao mesmo tempo cultural e elegante deste sommelier. Os botões abertos, mostrando o peito conferem o melhor do estilo sexy, transformando Leandro num homem misterioso, audacioso e muuuuito sedutor!

Vamos fazer a leitura visual dos outros personagens da trama? A Antônia, personagem vivida por Ísis Valverde, é uma jovem amante da fotografia e da liberdade. Também aventureira, estudada em Paris, quer romper a tradição da família de produção de vinhos e seguir seu próprio caminho. A personagem usa roupas soltas em algodão, sempre sem sutiã, o que reforça o sentimento de liberdade, pois ela não quer nada que possa prendê-la ou amarrá-la. Mochila de couro com franjas, casaco e botas são seus companheiros, assim ela está pronta para qualquer “parada”.

A mãe de Antônia, Isabel por Patrícia Pilar, é uma das seduzidas de Leandro. Uma mulher com o emocional muito abalado, que vive um casamento infeliz. Submissa, vive à base de antidepressivos. Suas roupas são soltas e largas escondendo sua silhueta, em cores neutras e opacas, mostram a obscuridade de sua personalidade. Os cabelos cacheados e mal arrumados, demonstram sua constante condição de acamada e sua falta de maquiagem retrata a auto estima negativa. Tudo que Isabel quer é ser amada e desejada (quem viu a cena do atropelamento? Loucura, né?).

A melhor amiga de Isabel, também foi seduzida por Leandro (quem não?). Celeste, por Dira Paes (corpão, viu?), é uma mulher autoritária em busca de um homem que a domine. Sensual e elegante ao mesmo tempo, usa roupas clássicas e sexies como camisas de seda, calça skinny, vestido justo como o da cena da degustação às cegas.

O último personagem a ser analisado é o corno mor, Jaime, o proprietário da vinícola, por Murilo Benício. Marido de Isabel, Jaime faz o tipo clássico de coronel antigo do sertão. Sua marca visual é principalmente a barba e o corte de cabelo. O blazer de brim (acho) em tom terroso enfatiza sua personalidade autoritária, possessiva e provedora.

E aí meninas, gostaram da leitura visual? Todos fazemos isso no nosso dia-a-dia. Nos lemos uns aos outros, decodificando e transmitindo mensagens visuais. Mas, isso é assunto para um próximo post.

Fotos: reprodução.