Olá Queridas!

Hoje vou falar sobre um assunto sério e que é um dos grandes males do mundo moderno: o consumismo exagerado ou compulsão por compras.

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Quase não existe diferença entre estes dois comportamentos: o consumismo é uma necessidade de ser aceito pela sociedade, pois hoje mais que nunca, vale-se pelo que se tem e não pelo que se é. Este comportamento é alimentado pela mídia e aprovado pelo sociedade moderna. Já o comportamento compulsivo por compras é uma necessidade desenfreada e incontrolável de ter algo que preencha um vazio interior, que nunca se fecha!

No mundo globalizado atual, as pessoas são avaliadas, apreciadas e conceituadas dentro de seus grupos pelos seus bens materiais e aparência e não por seus valores, habilidades e competências. Com isso, várias pessoas são afetadas pelo vício do consumismo desenfreado ou pela compulsão por comprar, apesar de que toda compulsão costuma ter suas origens dentro do próprio indivíduo, cujo gatilho é sempre um grande perda ou frustração com a qual o mesmo não consegue lidar.

Infelizmente, as mulheres são mais afetadas pelo consumismo ou pela compulsão por compras, pois são muito competitivas entre si e tem uma necessidade de estar sempre na moda e de se apresentar bem perante o grupo.

Além disso, devido a jornada dupla ou tripla de trabalho, a culpa pela distância dos filhos, a tarefa de abastecer e/ou administrar o lar, a pressão exercida pela sociedade contemporânea de ser uma super mulher, esta sente um vazio constante, uma certa necessidade de superar suas frustrações com a compra um sapato novo.

Como saber se você é vítima da compulsão por compras:

Qualquer fato pode desencadear a necessidade de comprar num compulsivo por compras: uma frustração, alegria, tristeza, tédio, ansiedade, desilusão amorosa, problemas no trabalho, em casa.

O vício do consumo descontrolado provoca os mesmos sintomas que qualquer outro vício:

– No momento em que o consumidor compulsivo sente a necessidade de comprar, geralmente apresenta quadros de ansiedade, suores, tremores nas mãos, boca seca, aumento dos batimentos cardíacos;

– No momento da compra a pessoa se sente feliz, eufórica, poderosa e dona da situação, acha que está fazendo algo muito bom para si;

– Após a compra, a pessoa é tomada por um sentimento de culpa, vergonha, arrependimento, irritação, tristeza, medo, resultando, às vezes, num quadro de depressão.

Geralmente, o consumidor compulsivo tem problemas financeiros, usa todo o limite do cheque especial e dos cartões de crédito, tem várias prestações de dívida com bancos, agiotas, entre outros.

Se você apresenta esses sintomas, o melhor a fazer é assumir o fato como uma doença contra a qual não se consegue lutar sozinho. Procure ajuda de profissionais como psicólogo e consultor financeiro. Vale lembrar que o apoio e compreensão da família são extremamente importantes.

Os dez mandamentos do(a) consumidor(a) compulsivo(a):

1- Assuma sua fragilidade perante a doença, não tenha medo ou vergonha. Procure ajuda;

2- Quite seus cartões de crédito e cheque especial e cancele-os assim que possível;

3- Tenha apenas um cartão de crédito com limite máximo igual a 20% de sua renda líquida;

4- Valorize seu dinheiro. Pense em quanto tempo e quanto esforço é necessário para se obter a quantia gasta. Obtenha descontos, só compre à vista e em dinheiro. Visualizar as notas saindo da carteira “dói” mais que usar o cartão de débito;

5- Não carregue cartão de crédito/débito ou talão de cheques na carteira;

6-Evite frequentar locais de aglomeração de lojas como shoppings, galerias, entre outros. Frequente cinema ou praça de alimentação de shoppings, no horário em que as lojas estejam fechadas;

7- Preencha o vazio interno com o convívio familiar, praticando exercícios físicos, estudando, lendo ou desenvolvendo uma nova habilidade;

8- Não vá as compras quando estiver muito feliz, muito triste, muito sozinho(a);

9- Quando quiser comprar um mimo, saia de casa com a ideia do quê quer comprar, como, onde e quanto pode pagar (compra inteligente). Leve exatamente o valor em dinheiro que poderá dispor na compra. Seja objetivo(a), vá direto ao ponto. Nada de ficar namorando vitrines.

10- Não compre no impulso, quando vir algo que te atraia. Vá para casa, espere 2 ou 3 dias, reflita, veja se realmente precisa e pode comprar aquilo.

Lembre-se, comprar é bom, desde que não nos cause problemas ou sofrimento!!!

Fotos: reprodução.