Fause Haten desfilou sua coleção inverno 2013 na segunda-feira passada, inspirada no reflexo das patinadoras do gelo, durante a semana de moda de São Paulo (SPFW) e teve seu desfile duramente criticado por uma das mais conhecidas jornalistas de moda do Brasil, Gloria Kalil.

Mordido pelas palavras, ao meu ver, pouco profissionais da jornalista uma vez que imparcialidade ficou de fora, Fause Haten mandou ver em sua página no facebook e deixou uma resposta pública à Glória.

Eu não vou tomar as dores de um nem de outro, porque não entro em briga de cachorro grande. Porém, expresso aqui minha opinião: o desfile foi mais conceitual do que comercial. Eu achei o desfile do Fause Haten criativo, ousado e muito bem trabalhado. O tule invisível (que me foge o nome no momento) bordado, dá a impressão de que a roupa é a pele da modelo.

Apesar da cartela de cores super enxuta (preto, branco, vermelho e rosa), achei vibrante, exuberante e chique (também, são minhas cores preferidas, não tinha como não gostar). É uma coleção feita, não para qualquer mulher, mas para mulheres fortes e decididas, que não tem medo de se mostrar e se assumir. Também não é para qualquer situação como o dia-a-dia, mas para eventos mais glamourosos.

Em pleno século 21 quando a democracia da moda está em seu apogeu, ainda encontramos pessoas que se prendem ao que é  “certo e errado” ao se vestir ou se apresentar. É preciso que as pessoas se libertem destes conceitos pre estabelecidos anteriormente e comecem a observar não só a roupa da pessoa, sua imagem e sua mensagem, mas perceber quem está por trás de toda esta fantasia, máscara ou disfarces. A roupa, nossa segunda pele, serve para nos  esconder (o eu mais profundo) ou desnudar (sonhos e fantasias), tanto faz. O que importa é o que está dentro deste casulo. Não existe certo e errado ao se vestir, existe sim, o adequado e o inadequado para cada situação, pois vivemos em sociedade.

Quero saber sua opinião: e você, gostou ou não?

Fotos: Portal FFW, a melhor cobertura das semanas de moda.