Olá Queridas!
Hoje é o dia do trabalhador e também de São José Operário, padroeiro dos trabalhadores. Minha homenagem vai para todos os trabalhadores, principalmente os da minha família, em específico um: meu avô Juca.
Sou descendente de uma família simples do interior de Minas, chamada Pompeu. Lá nasceram todos os meus avós, tios e meus pais.
Meu avô materno era marceneiro, a mesma profissão de São José. Lembro-me dele em sua pequena oficina, com suas ferramentas penduradas na parede e o formão na mão grossa e calejada, porém doce e delicada, fazendo o movimento de vai-e-vem na madeira bruta, transformando-a em algo belo e brilhante.
Meu avô sempre tinha um lindo sorriso nos lábios. Não me lembro como seria sua cara de bravo ou de reprovação, pois na verdade, nunca a vi.
Ele deixou um grande legado como o teto da Igreja Matriz na praça principal de Pompéu, além do exemplo de homem simples, trabalhador, honesto e feliz.
Seu exemplo foi seguido pelos seus filhos e netos. Posso citar alguns exemplos como meus tios Edimur e Edmundo e meu irmão Alessandro, trabalhadores incansáveis, humanos e honestos, que fazem do trabalho suas vidas.
Mas, meu avô não foi esse homem maravilhoso sozinho. Ele tinha uma grande companheira que compartilhava de seus valores e princípios: minha avó Inês que cuidava da casa, dos filhos, do marido, das criações e ainda tinha tempo para bater o pedal de sua máquina de costura, uma Singer antiga que veio da Europa diretamente para a fazenda onde eles moravam, presente do marido. Nas horas vagas, vovó alfabetizava os filhos e os trabalhadores da fazenda.
Minha avó deixou como legado sua grande sabedoria de poucas palavras, muitos casos, risada completa, muito carinho e frases de impacto do tipo: A VIDA É DURA PARA QUEM É MOLE.
Eu tenho de quem puxar tanto gosto pelo trabalho.
Foto de família.