Olá Queridas e Queridos!

Ano novo está a apenas uma semana de “distância”. Momento de fazer a retrospectiva 2017. Pesar o que foi, o que não foi, o que queremos e o que desapegaremos.

Muitas vezes ao avaliarmos o ano que finda, podemos sofrer com as frustrações das metas não atingidas. Para ajudar a fazer essa análise e traçar as metas para o ano novo, trouxe uma pauta bem legal para nós. hehehe

A especialista psicóloga e sexóloga Sônia Eustáquia ensina como avaliar o ano que está acabando sem ter medo do novo ou de ousar.

Avaliar o que passou, com todas as alegrias e decepções, pode ser doloroso. Afinal, foi um ano economicamente difícil para todos brasileiros. Planejar as mudanças para o novo ano que vem por aí também pode ser complicado diante da falta de perspectiva do país. Mas, é importante não perder as esperanças e ter um foco definido.

“Segundo a especialista Sônia Eustáquia, se a cada ano construirmos um “mega projeto” no qual a idealização e a fantasia se destacam das reais condições de realizá-lo, podemos nos deparar com uma soma de decepções e sensações de fracassos. “Contudo, se fizermos um planejamento otimista e possível, certamente nosso balanço estará com saldo positivo ao findar o ano”.

Para essa reflexão, muitos utilizam “listinhas” com objetivos e idealizações feitas no ano anterior para avaliarem. Entretanto, quando não conseguem atingir as metas, as pessoas ficam decepcionadas consigo mesmas. “Essa prática que consiste tanto em fazer a lista no final do ano ou se cobrar pelo não acontecido, pode trazer sérias conseqüências para a vida prática e emocional das pessoas”, disse a especialista.

Mudanças e atitudes novas para o Ano Novo

O desejo de mudança passa inicialmente pela parte cógnita, numa vontade consciente de mudar. Assim, se inicia um penoso investimento de energia em prol dessa transformação. Mas, a principal dificuldade que a mente encontra para processar com sucesso a mudança chama-se: ganho secundário*. “Em meio aos prejuízos das condutas rejeitadas pela consciência, existe um tipo especial de “prazer”. De alguma forma, a mente inconsciente opta pela conduta indesejada, independentemente da vontade do sujeito. Está formado assim o conflito, ou seja, o fenômeno que dificulta as reais mudanças e conclusões de projetos pessoais,” disse a especialista.

Por isso, a maneira que cada pessoa lida com a dor no fracasso varia. “Há pessoas que facilmente se responsabilizam pelos fatos. Outras colocam a responsabilidade do problema em fatores externos e aparentemente fora de controle. Tudo vai depender do fator auto estima e da capacidade de discernimento. De uma coisa podemos ter certeza: somos capazes de lidar com o fracasso na vida profissional, amorosa ou financeira. Mesmo quando não dá certo podemos tirar lições de aprendizado dos erros cometidos e das adversidades”, garantiu a psicóloga.

Dicas para o Ano Novo

De acordo com a terapeuta, uma boa opção para começar bem o ano é rever o que deseja mudar no corpo físico, emocional e nas relações interpessoais. A partir daí, buscar iluminação no campo das virtudes. “Uma idéia é iniciar os novos dias passando tudo a limpo. Verificando a possibilidade em ser mais educado, afável, civilizado e cortês, examinando a condição de fidelidade na constância e lealdade. Além de investir no bom humor e na capacidade de amar. Não existe um bem em si mesmo, ele é construído e conquistado”, finalizou.

Fonte: Sônia Eustáquia, psicóloga clínica, psicanalista e sexóloga.

*Ganhos secundários são “prêmios” positivos que recebemos quando temos um comportamento negativo. Exemplo: uma doença é algo negativo, mas quando se está doente o indivíduo recebe cuidados e atenção, que podem “suprir uma possível carência”. Resultado: a pessoa pode se tornar uma hipocondríaca e sempre “estar doente”. Muito cuidado com os ganhos secundários. Eles são irmãos da autossabotagem (leia mais). Muitas vezes não conseguimos sair da zona de conforto devido aos ganhos secundários.

Fotos: reprodução.